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HISTÓRICO DO MUNICÍPIO
Originou-se do nome de uma fazendo denominada “Fazenda Simões”, sobrenome dos baianos José Simões e seu irmão Joaquim Simões que vieram da Vila Bela da Rainha, município de Jacobina-Bahia explorar terras de sesmarias doadas a cinco famílias que aqui chegaram, no Piauí, por volta de 1° de outubro de 1781, sendo governador do Estado Senhor João Pereira Caldas. Então, as famílias começaram a se localizar pela região sendo que José Simões e familiares ficaram com essa área de terra nas nascentes do afluente do rio Itaim na encosta da serra do Araripe. A partir daí esta fazenda de nome Simões foi canonicamente reconhecida pela jurisdição eclesiástica Oeiras e, posteriormente Jaicós.
A Permanência de José Simões e seus descendentes na Província do Piauí por muitos anos, tendo ele retornado à Província da Bahia visto que entre as décadas 1830 a 1840 José Simões e familiares estavam em conflito com familiares de sobrenome Amorim na Vila Bela da Rainha, tendo portanto, que voltarem para sua terra na Bahia. Em decorrência do fato, a fazenda foi documentada em nome do Capitão Joaquim Francisco dos Reis que morava na região, o fato aconteceu a 02 de Julho de 1848. Com o falecimento nesse mesmo ano, do Capitão Joaquim Francisco dos Reis (1848), Dona Ana Maria do Rosário – sua esposa, por estar viúva, fez o inventário dos bens e no arrolamento estava incluída a Fazenda Simões, com o seguinte patrimônio: 100 cabeças de gado, 1 casa de telha, 3 cavalos e muitos outros objetos de uso doméstico.
Os aventureiros colonos que exploravam nossa região, tinham uma bússola que dava o destino para reconhecimento da área. Era o rio que na época das sesmarias foi chamado de afluente Itaim. Outro ponto de referência era a serra do Araripe, que podiam contemplar desde a barra do rio Itaim, até o rio Canindé. A serra observada de certa altitude dava aos exploradores o desejo de chegarem até a sua encosta. Tomando o rio como caminho, seguiam com o objetivo de encontrarem terras férteis e fontes de águas permanentes.
No entorno dos picos isolados nessa fronteira corriam os caminhos de água e do vento em cima de um solo encoberto por uma fauna exuberante e para além do vale... os juazeiros emprestavam uma beleza austera. Deslumbravam os “ilimitados” campos “sem donos”.
Eles plantaram nas terras férteis a semente de uma obra imorredoura que já deu seus primeiros frutos e que permite vislumbrar um futuro cheio de esplendor para o Piauí.
Decorridos mais 30 anos, chega em 1886, a essa região um senhor de nome Arcênio Lopes dos Reis com sua família e aqui (na fazenda Simões) encontrou vestígios daquela fazenda de gado, troncos velhos de currais, uma barragem de cal e pedra, na margem do rio denominado Boa Vista e um vetusto cemitério cercado de madeira.
Arcênio Lopes dos Reis, em pouco tempo, construiu uma capela dentro daquele cemitério, a qual foi concluída naquele mesmo ano. E, a partir de então, chegou outro habitante de nome Liberato José que já encontrou o topônimo até hoje conservado.
Em 1887, vieram residir nessa fazenda mais duas famílias: João Raimundo de Oliveira e Sanô Lopes. Com a chegada desses moradores a localidade começa a crescer e ser visitada por pessoas residentes nas fazendas vizinhas, aos domingos e dias santos, o que motivou a criação de uma pequena feira, à sombra de frondosos juazeiros à margem do rio Boa Vista, para a venda de produtos agrícolas por eles mesmos produzidos. Posteriormente, a feira passou a se realizar num galpão construído pelos moradores do lugar, onde hoje se localiza a cidade de Simões.
Com o crescimento da feira livre, construíram no seu entorno pequenos “quartos” para a venda de mercadorias que vinham da Bahia. Iniciativa do primeiro e maior comerciante da localidade – João Raimundo de Oliveira que comprava e vendia em estilo de atacadista por possuir uma manada de burros cargueiros que utilizava para tráfego da mercadorias e os levava de uma região para outra, assim efetivando sua comercialização.
Em 1988, o Bispo Diocesano de Oeiras – Cônego Vicente Ferreira Galvão, passando por Jaicós Piauí, com destino a Paulistana, propôs ao Padre da paróquia que reunisse e motivasse o povo de sua jurisdição eclesiástica para construir vilas e povoados.
E a Vila Simões começou a se desenvolver, destacando-se pela produção de algodão, de onde era extraído um fio, e através de um tecelão, as mulheres produziam grande quantidade de redes, mantas, lençóis, peças que serviam de adorno para o lar. Também se destacou o comércio de sal extraído da terra, nos lugares de salineira nas margens do rio, tornando-se um produto de grande aceitação, devido à ausência de sal que vinha do mar, de muito longe para a região, haja vista a escassez de meios de transportes para conduzi-lo.
Outros produtos tiveram grande comercialização. Foram os artesanatos de couro, acessórios de montaria confeccionados de peles de animais. Era o ano de 1910.
Decorridos alguns anos, 1917 – 1ª escola particular começou a funcionar aqui na residência do profissional farmacêutico de Petrolina – PE. Senhor Virgílio Benício Coelho, sendo ele o professor. E em 1920 chega a Simões a 1ª professora formada – Marina Lucíola Costa para contribuir com a educação daquela população. Nesse mesmo ano é instalado a 1ª indústria de descaroçar algodão, funcionando com caldeira aquecida a lenha.
Mas a Vila somente teve uma grande expansão comercial que motivou seu 1º recenseamento a 05 de Junho de 1924 (Fonte Museu de Petrolina-PE). Acredita-se que a partir desta data, oficializou-se a Vila Simões como povoado.
Os principais motivos que estimularam o povoamento foram:
- Crescimento da população;
- Expansão comercial;
- Construção de muitas residências;
- Construção de uma capela;
- Construção de um galpão para venda de produtos da terra e outros;
- Funcionamento de escolas particulares;
E foi realizado um mapeamento com recenseamento (publicação no jornal O PHAROL – 05 de junho de 1924).
SIMÕES sempre conservou esse topônimo - desde sua origem (Fazenda Simões).